História do Brasil T2: A formação, 1941

XX

NEGROS E TAPUIAS

PALMARES


A necessidade de acabar com os "mocambos" de negros fugidos só se acentuara em 1671, se bem que desde as lutas holandesas inquietassem ambos os governos - de Recife e da Bahia - esses núcleos de africanos instalados em pé de guerra entre o rio Real e as Alagoas. Os "palmares" da serra da Barriga, nas Alagoas, foram as aldeias-fortes que mais extensamente se mantiveram nas faldas dos montes, protegidos pela selva e pelas escarpas de acesso difícil, repletas de foragidos em geral angoleses (gente que falava o "quimbundo" e constituía o grosso da escravatura) cujas correrias, pelos engenhos e fazendas, alarmavam de contínuo as populações convizinhas.

Os flamengos mandaram contra eles duas expedições de fracos resultados: do capitão Baro (1643-44) e de Blaer e Reijmbuch (1645). Em 1657 Lourenço de Brito Corrêa pediu terras no sertão de Pernambuco, "vizinhas dos negros rebeldes dos mocambos e palmares..."(1) Nota do Autor Lembrou em 1671 o governador de Pernambuco Fernão de Souza Coutinho: "Há alguns anos que dos negros de Angola fugidos ao rigor do cativeiro e fábricas dos engenhos desta Capitania se formaram povoações númerosas pela terra dentro entre os palmares e matos, cujas asperezas e faltas de caminhos

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