História do Brasil T2: A formação, 1941

Porventura já então o Tripuí era destino comum das bandeiras, que passaram a orientar-se pela montanha, inconfundível, que o assinala: o Itacolomí (pedra da criança, por ter, na cumiada, um penhasco solto). O Itacolomí foi como a porta encantada, o farol das jazidas fartas e sem conta... Por 1695 o taubateano Salvador Fernandes Furtado atingiu o Ribeirão do Carmo. Com Carlos Pedroso da Silveira (paulista) e Bartolomeu Bueno iniciou a definitiva ocupação do território rico.

Foi Carlos Pedroso da Silveira, porém, quem alcançou do governo do Rio de Janeiro autorização para estabelecer uma Casa de Fundição em Taubaté (janeiro de 1695), por el-rei confirmada em 97. Tal oficina rústica, que exigia alguns funcionários e poucos ferros, para descontar do ouro bruto apresentado os quintos dei-rei (20%) e "cunhar" o restante, a fim de que podes-se circular, pois a marca que se lhe imprimia provava o pagamento do tributo - não correspondia a uma simples esperança. Indicava duplamente a extração, que já se fazia, e o desejo do pioneiro, de não ficar embaraçado no seu trabalho pela necessidade de levar o ouro colhido ao Rio de Janeiro ou a São Paulo, para o efeito da quintação. Pode representar também uma represália, do governador do Rio e da gente de Taubaté, em divergência com os paulistas, amotinados contra a redução da moeda (1694 e 97).(1) Nota do Autor

História do Brasil T2: A formação, 1941 - Página 448 - Thumb Visualização
Formato
Texto