dera na lenta e progressiva e sufocadora centralização, estava exausta. Do meio para o fim não faz mais que recuar. Recua ante todos os obstáculos. Tangencia. Torce e cede.
Isso prova a sua incapacidade de reação, aquela notável anomalia, que caracterizamos como própria dos organismos enfraquecidos, de não ter havido, na hora derradeira, nas que a precederam, que o caminho em que iam as coisas davam notícia de onde iriam parar, – uma força defensiva a sustar a marcha dos fatores de dissolução. Vítima das suas próprias fraquezas, o regime ruía sem gravames. Dentro do seu próprio ventre se haviam gerado as forças que o destruiriam, forças cujo aparecimento e cujo desenvolvimento ele ajudara ou propiciara ou esquecera, – e que iriam derruí-lo, sem que encontrassem oposição e reação (162) Nota do Autor.
Quando chega novembro de 89, prestes a comemorar-se o meio centenário da continuidade administrativa que foi o mais curioso acontecimento da nossa história, – o edifício ruía, as brechas extensas e profundas abriam-se e dissolviam os suportes da massa formidável. Tudo se esboroava, no silêncio, na calma e na paz.