dessas casinholas para abrigar-me da chuva, e não vi no interior outros objetos, além de algumas vasilhas de barro. Disse-me chorando, a dona da casa, que perdera o marido havia alguns meses e morava ali só com os seus seis filhinhos, longe de seu pai e sem ter alguém que pescasse para si e sua pobre família.
O Pão de Açúcar atraiu-me a atenção e fui visitá-lo à procura de algumas plantas. Este morro, conforme disse acima, é o mais elevado de todos os que se encontram nas proximidades da vila que, pelo lado do norte, é por ele dominada. Não merece o nome que tem, pois quase a prumo do lado do norte, só tem declividade do lado do sul. Para chegar ao cume trilhei um caminho aberto no tempo em que nessas paragens temiam a invasão das forças espanholas. Nos lugares em que o terreno não é cortado verticalmente, cresce mata virgem, encontrando-se também taquaras em toda a extensão do morro, principalmente na sua parte mais elevada.
É ampla e belíssima a perspectiva que se desvenda do alto do Pão de Açúcar, desenrolando-se às nossas vistas o panorama de toda a região. De um lado, vê-se o Atlântico; doutro, o canal de S. Francisco, as ilhas, as montanhas que o limitam a oeste, e, no horizonte, a grande Cordilheira que