Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

as obras de que ela estava necessitando a importância de 4:000$000.

Como quer que seja, por essa estrada, tal como se achava em 1820, S. Francisco recebia de Curitiba carne-seca, mate e toucinho, que no horrível trecho de meia légua acima referido eram conduzidos às costas pelos tropeiros, circunstância que tornavam raríssimas as comunicações por ali. Aproveitei os doze dias passados em S. Francisco, em fazer alguns passeios, dirigindo-me numa dessas ocasiões ao norte da ilha pela aprazível estrada, acima aludida e à qual dão o nome de estrada real. Toda a região por mim percorrida, montanhosa e coberta de mata, é pontilhada de sítios que se comunicam, por meio de caminhos vicinais com a estrada geral. O Pão de Açúcar, que de um lado é coberto de vegetações e doutro desce à pique e é quase pelado, — eleva-se acima dos morros vizinhos e empresta à paisagem um tom pitoresco. Noutro passeio, segue a parte sul da mesma estrada, encontrando a cada passo, como para o lado do norte, caminhos que se dirigiam para os sítios. Esses sítios se compõem, em todo o distrito, de casinhas construídas de barro e pau a pique, cobertas de telha, achando-se todas em mau estado; em torno, plantam, desordenadamente, laranjeiras, bananeiras e unia roça de mandioca. Entrei numa