No fabrico do azeite empregavam-se escravos; na pesca, porém, ocupavam-se homens livres, por inspirarem mais confiança. Estes eram pagos na proporção do número de baleias apanhadas, recebendo as guarnições de todas as embarcações, embora fosse morto apenas um cetáceo, a mesma soma que recebiam os da lancha que arpoara. Assim, de cada baleia, tocava aos arpoadores 3$000; aos patrões dos barcos de pesca, 1$000; aos das lanchas de soccorro, $800. e aos remadores, na mesma proporção.
Os homens que trabalhavam nesse mistér eram geralmente lavradores pobres; eles, em vez de, terminada a pesca, voltarem a cultivar suas terras, economizando o dinheiro ganho, entregavam-se à indolência e passavam o tempo a beber cachaça, a cantar e a tocar viola, até gastarem o último vintém.
Descrevi minuciosamente a armação de Itapocoroia, tal como era em 1820, e demonstrei também quanto diminuíra a produção da pesca no período de 1777 a 1819. Desde então, era fácil prever que esse estabelecimento e os demais do mesmo gênero não poderiam subsistir por muito tempo. Assim mesmo, parece que ainda puderam manter-se por