nos ocupamos e onde o terreno há muito tempo foi desbravado, sobretudo nos lugares que, pela sua fertilidade, prometiam abundantes colheitas. É verdade que nessa ilha não se pode utilizar o arado com vantagem, por se acharem as terras muito divididas e o solo ser de natureza montanhosa; a população, porém, é muito densa e podia empregar no preparo da terra à pá ou a enxada, como na Limagne, por exemplo. O essencial, em suma, é que retornem às terras abandonadas, cujo solo não volta a cobrir-se de florestas; que depois de lavradas ou revolvidas, as fertilizem, e que, para esse fim, fabriquem adubos e estudem o sistema dos afolhamentos. A rotina, favorecida por uma indesculpável indolência, tem-se oposto até hoje à adoção dessas medidas benéficas; prefere-se emigrar a renunciar às praticas tomadas às hordas selvagens. Talvez seja inútil aconselhar; mas, se o governo, instituindo prêmios, estimulasse os habitantes da ilha de Santa Catarina a adotar processos de cultura mais racionais que os seguidos até agora, e a utilizar-se de adubos, indubitavelmente a agricultura prosperaria nessa região e dentro de pouco tempo o Estado seria ressarcido, pelo aumento das suas rendas, de pequenos sacrifícios que viesse a fazer. Prêmios oferecidos com o mesmo fim, aos colonos do interior, não produziriam