Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

provavelmente nenhum resultado, pois que, de posse de grandes extensões de terras, eles não têm interesse imediato em mudar de método e as somas que razoavelmente lhes fossem concedidas, não lhes compensariam o sacrifício que teriam de fazer, abandonando os seus hábitos e a sua preguiça. Na ilha, onde o prêmio incitaria o lavrador a renunciar processos nocivos, essa medida produziria desde logo os efeitos desejados.

No tempo em que o seu solo ainda se achava coberto de florestas sombrias, um denso nevoeiro envolvia a ilha de Santa Catarina. Emanações insalubres elevavam-se da terra úmida em que apodreciam montões de detritos de inúmeros vegetais. Nuvens de mosquitos obscureciam o ar e os navegantes que aportavam a essa ilha arriscavam-se a contrair febres e disenterias (32)Nota do Autor. À medida que foram abatendo as matas, o solo ficou mais seco, as poças d'água foram desaparecendo e o ar se tornou mais puro (33)Nota do Autor. Quando de minha viagem, o clima de Santa Catarina era bem saudável e deverá sê-lo agora muito mais, desde que restos de baleias (34)Nota do Autor não apodrecem, como