Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

abrolhos e de relva enfezadíssima. Nada mais existe além de Figueirinha; a praia é inteiramente plana.

O rio Urussanga. à margem do qual chegamos após uma caminhada de mais cinco léguas, é estreito e vadeável acima da sua foz; mas, disseram-me que as ondas do mar, precipitando-se no seu leito com violência, já têm por diversas vezes virado carroças.

Perto do Urussanga, acima da praia, existem algumas choças, em torno das quais as terras; segundo me informaram, são muito férteis. Ao entrar em ajuste com o condutor da carroça que eu alugara, havia manifestado o desejo de parar o mais frequentemente possível nas casas que encontrassemos em caminho. Dirigíamo-nos para uma das que ficavam próximas do Urussanga; apenas, porém, íamos deixar a praia, as rodas do veículo enterraram-se profundamente na areia e só a muito custo os bois puderam arrancá-las. O carroceiro, voluntarioso como era, ficara mal-humorado, e, conquanto perto da casa, não fomos até lá. Paramos à beira de uma lagoazinha, fizemos fogo, e o meu leito, como no dia anterior, foi preparado na carroça.

No dia seguinte, entediado com a excessiva monotonia da praia em que caminhávamos havia dois dias, deixei a caravana, e, atravessando o areal,