Quando saí do Porto da Passagem, o céu achava-se ligeiramente nublado; a sua cor pálida confundia-se com a da areia e a das ondas do mar, e todas as coisas que nos circundavam, indistintas, mal desenhadas, assemelhavam-se a um caos. Após termos caminhado cerca de cinco léguas e estando a anoitecer, paramos num lugar deserto chamado Figueirinha. Instalamo-nos em meio da areia, a algumas centenas de passos afastados do mar. Foi preciso ir-se muito longe buscar água e só tínhamos para fazer fogo pedaços de macieira trazidos pelo mar e meio enterrados na praia. Uma parte da caravana deitou-se à roda do fogo e a outra na carroça. O meu leito foi preparado nesse veículo, por cima das malas. Era aí também que o bom Laruotte (2)Nota do Tradutor colocava as plantas e eu escrevia o meu diário.
Porque as malas, em cima das quais fora feita a minha cama, que consistia unicamente do meu poncho, do saco que me servia de lençol e dos meus cobertores, — tivessem diversas alturas, dormi muito mal. Quando acordava, a fadiga logo me fazia readormecer, isto apenas por alguns instantes.
Entre o Porto da Passagem e Figueirinha, passamos por trás de algumas pontas cobertas de