"Todos reconheciam em sua pessoa não simplesmente o secretário perpétuo da Academia de Ciências de Lisboa, o Americo Elisio da Arcadia Portuguesa, o titular de uma cadeira de ciências naturais da Universidade de Coimbra criada especialmente para a difusão de conhecimentos pouco conhecidos e que ele mais que qualquer outro possuía; mas o admiravam ainda mais e o aplaudiam como o grande pensador que, em suas investigações profundas, fora muito além dos sábios de seu tempo."
Eis aí o recém-chegado de 1819. "Professor eminente da Universidade de Coimbra, ilustre secretário da Academia Real das Ciências de Lisboa, exímio naturalista que a fama enobreceu como um dos mais insignes de seu tempo, festejado como sábio e aclamado como uma glória nacional."
"Tinha as glórias de naturalista, as honras de Acadêmico, a toga de magistrado, a láurea de catedrático. A nenhum filho seu nativo, por mimoso que fosse da fortuna, podia Portugal ter conferido mais honrosas distinções do que a esse que a si próprio se dizia português por adoção."
O Brasil, sua pátria de nascimento, o acolhia e dela estava ele saudoso: por ela, no íntimo do seu afeto e da sua alma de artista, sentia essa nostalgia azoinante que, se afervora o sentimento, abruma e comprime o coração. José Bonifácio pulsa pela terra amada, tem-na por alvo de seus altos pensamentos.