diplomata, popularíssimo depois na sociedade de Londres e íntimo de Eduardo VII(*),Nota do Autor e cuja mãe era francesa:
- Est-ce vrai ce que l'on m'a dit, que Corrêa ne parlait pas le portugais?
Mesmo com esse feitio sarcástico, o Marquês de Salisbury, premier britânico, distinguia com sua amizade ao Barão do Penedo.
No fundo, os dois espíritos tinham numerosos pontos de contato. A mordacidade não andava ausente da formação mental de Penedo.
Tudo isso justificava o seu não conformismo com uma remoção brutalmente feita - sem um aviso, uma consulta a quem servia a Diplomacia do Império há quase meio século.
Não perdoará nunca ao gabinete João Alfredo essa desfeita. Era rigor, não partira de João Alfredo a ideia. A lembrança e o interesse pouco confessável viriam do Conselheiro Antônio Prado, Ministro da Agricultura no Gabinete de março de 1888 e que se aliara a José Carlos Rodrigues, então residente na Inglaterra.
Tratava-se do empréstimo para a província de São Paulo. Sobravam candidatos para os proventos da operação...
Vejamos o que escreve Eduardo Prado a Penedo em Abril de 1888:
"Para as minhas afirmações terem um caráter menos vago não seria conveniente V. Ex. falar ainda ao Rothschild e, a título de preparação, apresentar-me a ele? Deixo a V. Ex. o resolver este ponto.
O empréstimo de São Paulo creio que foi uma cousa um pouco além das forças dos emissores. Demais, como V. Ex. diz, as circunstâncias do momento foram más. V. Ex. tem razão