"Permita-me observar a anormalia de ser o Ministro da Fazenda do Governo Provisório, e não o dos Negócios Estrangeiros, o que mandara a outra Legação (a de Londres) publicar essa decisão comunicada sob a forma a mais estranha às tradições Diplomáticas.
"O telegrama, entretanto, que recebi do seu colega de Estrangeiros, datado do dia 3 de dezembro, limita-se a anunciar-me haver eu sido exonerado da Legação de Paris, da qual fui o primeiro a demitir-me com a minha carta de 23 de novembro".
E quanta, a ser "riscado do quadro do Corpo Diplomático, o jurisconsulto concluía seguro de si mesmo":
"Se as leis estão ainda em vigor no Brasil, e os direitos adquiridos pelos funcionários públicos estão garantidos, devo julgar-me salvo de semelhante expoliação".(*) Nota do Autor
E passando das palavras à ação, Penedo prepara um folheto, narrando as primícias da República Velha. Poeto que pretendia divulgar, pela mesma via percorrida pelo telegrama oficial e caluniador.
Em ofício de 13 de Janeiro de 1890, dirigido a Rui Barbosa, Ministro da Fazenda e assinado por Pedro de Araújo Beltrão, Encarregado de Negócios do Brasil em Londres, vem a confirmação dessa notícia tão desconhecida hoje quanto desassombrada então:
"O retalho do mesmo jornal sob n.º 3, refere-se ao boato corrente sobre um panfleto que o Barão do Penedo projeta publicar."
Impresso acompanha o recorte do The South American Journal, datado de 11 de Janeiro de 1890, que contem o seguinte tópico:
"By the way, we understand that Baron do Penedo, formerly Minister of Brazil in London, and, until dismissed by the Provisional Government, Minister of Brasil at Paris, is preparing