Um diplomata brasileiro na corte de Inglaterra: o Barão de Penedo e sua época

Imperador, como cidadão brasileiro e patriota, voltar imediatamente ao Brasil.

Taunay concordou plenamente com a opinião de Penedo. E sugeriu que a presença do Imperador no Brasil daria novo curso aos acontecimentos.(*) Nota do Autor

Impressionado embora pelo argumento, Dom Pedro salientou que sua avançada idade e moléstia tornavam-lhe impossível realizar o planejado.

Penedo alimentou assim, até os últimos momentos da vida de Dom Pedro de Alcântara, a esperança de ver restabelecida no Brasil a Monarquia.

Em Julho de 1892, o Jornal do Recife reproduzia certa notícia, saída em uma folha do Rio Grande do Sul.

Num banquete de brasileiros, realizado em Londres, o Barão do Penedo se exprimira da seguinte maneira:

- Com a morte de Pedro II, extinguiu-se a esperança da volta da monarquia na minha Pátria. Fui um dos mais entusiastas apóstolos da monarquia, desde o 15 de novembro de 1889 até a hora infeliz, em que o último suspiro exalou o patriota brasileiro.

Brindo ao Brasil."

Desaparecia assim da vida pública o Diplomata do Império. E aquele que se poderia dizer, pela obra diplomática realizada - o Diplomata número 1.

Mas se ele se recolhia ao otium cum dignitate, em harmonia com a sua cultura de humanista e compositor de versos latinos, não esquecia o futuro do Brasil, a cuja grandeza levantava o seu brinde.

Apenas se retirava da ativa e passava à reserva da Nação.

Incorporava-se, como as instituições derrubadas, na dignidade do Passado.

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