Um diplomata brasileiro na corte de Inglaterra: o Barão de Penedo e sua época

obtém a libertação do seu cliente, em meio aos ruídos de admiração.

É sem favor o nome feito que entra portas adentro, pela casa do neófito.

O brigadeiro Tobias de Aguiar, absolvido enfim, reconhece os méritos do seu moço e "digno advogado". E reconhece à maneira fidalga, dos velhos bons tempos. O episódio, que se passa entre os dois, então, é bem um contraste vivo de duas gerações.

O brigadeiro envia ao seu bravo defensor uma nobre parelha de animais, parelha de sua estimação e cuja entrega confia a um escravo, com a carta de oferecimento.

No meio do caminho, porém, um senhor de engenho propõe ao negro a trapaça. Trocar a bela parelha de bestas por outra, ganhando o negro a sua comissão.

Ao receber a parelha, Carvalho Moreira mostra-se encantado com o presente. Chama o cocheiro e faz passear a parelha excelente, luzidia. O cocheiro, porém, conhecedor e leal, não esconde o seu desapontamento. Pede ao patrão a carta do brigadeiro e, conferindo pela cor, dá nas suas vistas que ali as bestas apareciam com outra cor.

Moreira comunica ao primo brigadeiro que no caminho as bestas tinham mudado de cor.

O brigadeiro põe-se em campo, arranca a confissão do escravo e alcança as bestas que ele mandara, do fazendeiro trapaceador.

Assim o bacharel ignorante em artes de cavalaria vem a ser salvo pelo brigadeiro, que, por sua vez, quase fora vítima da maranha das leis.

***

Mas, longe de dormir sob os louros, o traço impulsivo de sua personalidade o leva para adiante, nas satisfações justas de sua ambição, sondando ansioso o futuro.

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