do trabalho de Simonsen o seu erro inicial tenha sido corrigido, dada a sua morte prematura, tão justamente lamentada.
É possível que com o tempo a coisa se corrija e a verdade dos fatos, à luz dos documentos que tivemos a ventura de descobrir e revelar sobre o assunto, se faça sentir, até mesmo através de autores mais lidos do que nós pelo grande público de nossa terra.
Nesta nova edição o trabalho aparece todo vestido de novo, quanto ao vernáculo. Assim é que, para dar ao leitor de hoje maior comodidade no trato dos documentos redigidos à maneira dos séculos XVIII e XIX, foram eles revistos por pessoa inteiramente enfronhada nos segredos da nossa nova ortografia.
Como para o aparecimento da presente edição, já agora sob os auspícios da Companhia Editora Nacional, tivemos que retomar contato com o assunto, foi-nos dado constatar a existência de alguns fatos assaz importantes e curiosos para quem, com grande zelo e fraca competência, o relatara no ano de 1931, perante graves e doutas figuras do nosso Instituto Histórico.
O primeiro, por exemplo, foi o fato do nosso particular amigo e brilhante cultor da História, Dr. Augusto de Lima Júnior, em sua História dos Diamantes nas Minas Gerais publicada em 1945, não ter feito nenhuma referência especial à atuação do Intendente Câmara à testa dos serviços diamantinos.
O outro ponto, de não menor importância para quem tem a convicção de que o Intendente Câmara foi figura de excepcional relevo e grande autoridade em matéria de mineração do ouro e dos diamantes, se encontra no fato de não haver no Município de Diamantina, ao que nos consta, uma única lembrança em que, de público, os seus habitantes tenham expressado reconhecimento