O intendente Câmara; Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá, Intendente Geral das Minas e dos Diamantes (1764-1835)

pela honra que tiveram de terem sido governados, longa e justamente, por homem de tamanho valor, brilho e patriotismo.

Ao contrário disso, ou talvez reafirmando propósito deliberado, tivemos anos passados, em Belo Horizonte, a republicação de um documento que surgira no Arraial do Tijuco, no ano de 1821, sob a capa do anonimato, e cujo autor, valendo-se de um momento de incertezas e de transição na nossa vida política, o publicou, prenhe de acusações tendenciosas à conduta ali desenvolvida pelo Intendente Câmara.

Ao tomar conhecimento dos termos daquele documento, pensamos muito em La Fontaine e na sua famosa fábula do Boi e da Rã, por que sendo ele mais uma vez publicado em recente obra sobre o Arraial do Tijuco, vimos nisso curiosa reminiscência de complexos de importância e autoridade nascidos em contraposição às do grande mineiro.

Se para a gente de hoje não fosse bastante a documentação que reunimos e que prova a superioridade manifesta da personalidade inconfundível do Intendente Câmara sobre a dos homens de sua geração que atuavam na capitania de Minas Gerais, com o novo documento que juntamos de sua autoria, e por ele lido ao ser recebido sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, pouco depois de se formar na Universidade de Coimbra, por si só, cremos, daria para provar esta nossa asserção.

Em relação à importância deste último documento ora apresentado, honrou-nos o preclaro Prof. Djalma Guimarães com uma sua valiosa apreciação que, para uso e gozo dos nossos leitores, juntamos à presente edição.

Rio, janeiro de 1958

MARCOS CARNEIRO DE MENDONÇA

O intendente Câmara; Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá, Intendente Geral das Minas e dos Diamantes (1764-1835) - Página 25 - Thumb Visualização
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