Europa a fim de preparar-se para a nova forma de governo constitucional, o coronel José de Sá Bitancourt e Accioli, juntamente com o doutor José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, mais tarde Visconde de Caeté, e com outros amigos, fundou a Sociedade Pedro e Carolina, cujo fim principal era combater abertamente a referida recolonização, prestando apoio ao governo constituído do Brasil, e enfrentando o governo provisório de Minas Gerais, presidido por D. Manuel de Portugal e Castro, "que por ser de Portugal, preferiu-o ao Brasil".
Tais foram os desmandos e arbitrariedades cometidos pelo referido governo provisional, contrários ao espírito de brasilidade do povo mineiro, que o coronel José de Sá Bitancourt e Accioli marchou para Santa Bárbara, onde se reuniu ao seu regimento, o 2.° de Cavalaria, proclamando a regência do Príncipe D. Pedro. Dispunha-se a marchar contra Vila Rica, quando soube da chegada inesperada do Príncipe a Minas. Resolveu enviar imediatamente um emissário para beijar-lhe a mão, e receber as ordens que determinasse.
Coube ao seu filho, tenente-coronel José de Sá Bethencourt e Câmara, essa honrosa missão, sendo portador da seguinte carta.
"Senhor! A heróica deliberação de V.A.R. vir a esta província, agitava continuamente nossos ardentes desejos, que flutuantes ambicionavam tão feliz emprêsa; agora porém, que temos a certeza de que V.A.R. existe conosco, para ser o centro da nossa segurança e árbitro das nossas operações; nada mais resta, Senhor, senão segurar a V.A.R. o afinco que tem êste corpo de tropa de meu comando, a favôr da boa causa, que se acha pronto para em tudo seguir as deliberações do grande protetor da nossa Constituição.
Meu filho, o tenente-coronel do regimento do meu comando, vai por êste corpo de tropa, beijar a mão de V.A.R., e receber as ordens que bem convier à causa comum e segurança de V.A.R., que Deus guarde como nos é mistér.