O intendente Câmara; Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá, Intendente Geral das Minas e dos Diamantes (1764-1835)

que para ali seguira por ocasião da intimação feita ao governo pelo General Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares.

Estaria o capitão Carlos Martins Pena influenciado por Eschwege ao tomar tal atitude?

Pelo documento n.° 44, caixa 302 do Arquivo Nacional - Correspondência dos governadores da província de Minas Gerais com os Vice-Reis - verifica-se que o capitão de engenheiros Carlos Martins Pena era discípulo de mineralogia e da Ciência Montanística do major Guilherme, barão d'Eschwege, tendo, nessa qualidade, coligido para o Real Museu, 900 exemplares de minerais, que foram classificados segundo o Sistema de Werner. Diz o referido ofício datado de Vila Rica, 28 de março de 1820, que os produtos minerais eram da capitania de Minas Gerais, e que o capitão Carlos Martins Pena coligindo-os chegara até Minas Novas (por certo, do Araçuaí).

Não ficou na marcha contra Vila Rica a ação de José de Sá Bitancourt na luta pela independência definitiva do Brasil. Constando na província de Minas Gerais a resistência oferecida na Bahia pelas tropas portuguesas, comandadas pelo general Inácio Luís Madeira de Melo, lembrou a remessa de forças mineiras para auxiliarem o recôncavo daquela cidade, medida que sendo adotada pelo governo, recebeu ordem para formar um batalhão de 385 praças, cujo comando foi confiado a seu filho, tenente-coronel José de Sá Bethencourt e Câmara, lançando ele nessa ocasião a seguinte proclamação:

"Camaradas! - É chegado o momento de marchardes em socôrro dos valentes baianos que se esforçam para alcançar a liberdade oferecida aos brasileiros pelo melhor dos príncipes. Minhas fôrças abatidas pela idade não permitem que eu siga à vossa frente para nos campos da honra firmarmos

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