Ocidente, se bem imprecisa, com exageros que sugeriram a governantes da península deixarem no Brasil entre os indígenas alguns europeus das expedições transoceânicas para mais tarde servirem de intérpretes e informantes. As tripulações também davam exemplo de sofreguidão na cata de notícias sobre ouro e pedras preciosas quando ao desembarcarem nas praias procuravam obtê-las a poder de sinais e comparações junto das tribos do lugar. Com o tempo, desertores, línguas, náufragos e degredados passaram a constituir núcleos de brancos e mestiços em meio dos tupis da costa, tornados pontos de apoio para os donatários. Infelizmente malograram muitas das concessões de princípio disputadas por numerosos candidatos a rápido enriquecimento na América. Duas obtiveram certo sucesso, a de Pernambuco ao norte e a de S. Vicente ao sul. As demais donatarias arrastaram-se lamentáveis depois de arruinarem o donatário, ou logo abandonadas reverteram à Coroa, ou tiveram trágico desfecho como sucedeu a Francisco Pereira Coutinho, que na Bahia pereceu nas garras do gentio enfurecido.
Não era possível lutar com inevitáveis percalços, além da longa demora requerida por semelhantes empresas para dar algum resultado. Sem abundante auxílio do governo e créditos oficiais e particulares, desorganizavam-se as capitanias. Pouco adiantavam, na conjuntura, núcleos de primeiros povoadores esparsos pelo litoral, ínfimo pugilo de brancos perdidos entre tribos de índios, com os seus filhos mestiços, chamados mamelucos pelos portugueses, por analogia com os mercenários do Egito que tinham encontrado no mar Vermelho. Os que marcaram exceção beneficiaram de maior ajuda por parte do governo metropolitano, do acaso de se localizarem onde facilmente vicejou a cana-de-açúcar, da procura do seu produto no mercado mundial e principalmente do auxílio do judeu à procura no Novo