Mundo de sítio para inverter capitais. A sua contribuição nas capitanias foi considerável. Manifestou-se na abertura de créditos para o lavrador, na venda da produção e à vista do malogro no aproveitamento da mão de obra indígena, na organização do tráfico de braços africanos. Proporcionava ao lavrador europeu imigrado exatamente aquilo de que ele mais necessitava. Ele mesmo se arvorava muitas vezes em fazendeiro ou senhor de engenho, graças às propriedades recebidas em pagamento de dívidas de clientes insolvíveis. Não fosse a sua decisiva intervenção na indústria açucareira nordestina de meados do século XVI a meados do século XVII, longo teria sido o seu desenvolvimento, com outros característicos e maior número de deficiências. Bastava, porém, a intervenção do cristão-novo nas correntes de cativos dirigidas da África à América, para colocá-lo em destaque entre os principais fatores do surto econômico da maior colônia lusa, no período de esplendor antes da invasão e expulsão dos holandeses do norte do Brasil.
A fórmula colonizadora pouco variou através dos séculos. Formaram-se as suas diretrizes pela ação dos mesmos fatores de guerra e de conquista. De modo geral sempre partiu de chefia discricionária, bafejo da metrópole, e nas nações de crença religiosa unitária, como as da península ibérica, de normas impostas pela crença por meio de seus pastores. A conquista ultramarina intentada pela Coroa lusa decorreu sob o mesmo lema a encabeçar a promulgação das capitanias por D. João III, "Considerando quanto he serviço de Deus... ser a minha terra e costa do Brasil mais povoada do que athe agora foy, assim pera nella haver de celebrar o culto e officios divinos, e se exaltar a nossa sancta fée catholica, com trazer e provocar a ella os naturaes da ditta terra infieis e idolatras". No quadro interpretado à moda europeia, tinha direito o vencedor à pessoa e