que respiravam a técnica colonialista, levada a cabo com tão insignificantes contingentes de oficiais escoceses, sargentos irlandeses, soldados fornecidos pelas colônias e armamento inglês, que dava impressão de quase não haver ocupação militar. Como sistema era grandioso, como exemplo ativo para outras nações de força acima do direito era abominável.
Hoje assistimos a outro espetáculo extraordinário, de certo modo produto de reação imposta pela marcha do tempo a métodos e fórmulas de épocas anteriores, que pareciam inamovíveis. Vemos um povo da América, derivado do expansionismo britânico, surgir em meados do século XX mais poderoso que todas as nações da Europa reunidas. Compreende os Estados Unidos o norte do nosso continente, em cuja órbita colocamos o Canadá, região outrora desprezada pelo conquistador ibérico que a descobrira, por se lhe afigurar pobre e frígida. Entretanto, hoje, com a transformação verificada nas necessidades e recursos do homem, vê-se provida dos maiores bens imagináveis, a produzir tudo que a vida moderna mais procura, mais necessita, mais anseia. Por felicidade, esta nação longe de imitar o colonialismo das antigas potências europeias, tornou-se para benefício do gênero humano a maior defensora da democracia. Nessa maravilhosa circunstância repousa o presente e o porvir da civilização. Sem o providencial elemento de equilíbrio, afigurar-se-ia desesperador o futuro da humanidade. Imaginemos por instantes o mundo desprovido da barreira representada pelos Estados Unidos contra doutrinas geradas pela violência e para a violência, inaceitáveis no estágio de civilização a que chegamos! Entre um Guilherme II que se arvorava em arauto da guerra de nações e um Trotski que apregoava a luta de classes, o princípio é o mesmo, apenas um falava em nome da conquista territorial e o outro de revolução social, ambos partidários do derramamento de sangue