O Brasil e o colonialismo europeu

Na expansão imperialista de lusos e castelhanos pelo mundo afora no fim da Renascença verificou-se o mesmo excesso contrário ao credo, se bem anunciasse a conquista como destinada a salvar almas de infiéis e idólatras! Sobreelevava a cobiça aos demais sentimentos, rebelde a sanha conquistadora nas suas destruições de gentes e de coisas aos brados de homens como Bartolomeu de Las Casas na América Central, ou de Nóbrega e Anchieta na América do Sul. Embalde elevavam-se missionários contra exações de povoadores, continuava a brutal escravização do indígena após a desapropriação de suas terras. Ocioso descrever as atrocidades praticadas por Cortez e Pizarro, tampouco o fadário dos pretos chamados a substituir o índio no eito depois de atroz travessia do oceano. Prosseguiu o escravagismo a despeito dos desesperados esforços de jesuítas e outros missionários. Tampouco, conseguiram maior sucesso os enciclopedistas quando em nome da razão e da moral condenavam o colonialismo europeu. Vox Clamanti in Deserto! De nada adiantavam os protestos de leigos e eclesiásticos quando esbarravam no utilitarismo de povos representados por Reis e Imperadores. Mantiveram-se e se agigantaram abusos e violências no mundo onde os mais fracos eram roubados, espoliados, torturados, escravizados, por não poderem se defender contra adversários mais fortes.

Atualmente vemos surgir entre nações democráticas herdeiras de civilização do Ocidente, nítida repulsa sob acicate do exemplo americano contra mentalidade que torna a terra inabitável. O exemplo vinha de longe, da proclamação dos direitos do homem, mas foram as consequências das últimas guerras que magnificaram normas democráticas, tanto nas relações políticas internas como nas externas das maiores nações do globo. A enorme Rússia e os seus satélites ainda divergem, colocadas por várias circunstâncias fora do movimento. Dá-se com

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