das massas, tentativa até agora improfícua em virtude de nefastos influxos, a impor violência onde só devia haver objetividade pacífica. Acena-se, daí, com realizações "anarquistas" no melhor sentido da palavra, que permitiriam o birth controll libertador de regiões flageladas por superpopulação e outros males, dantes insanáveis num mundo interessado em possuir carne para canhão de guerras de conquista. A continuar assim, esta marcha para tempos melhores, poder-se-ia admitir a solução automática de certos problemas dantes insolúveis, chegado o nosso contemporâneo ao estágio ideal em que lhe seja permitido dar largas ao seu complexo criador sem ferir aos semelhantes. Adquire hoje a perspectiva esperanças de realização, pois não existe estrada mais segura para os passos do homem que a escoimada de coações e paixões daninhas, onde ele possa transitar seguro do seu destino, fato que todos ambicionam na vida pública e existência privada.
As aquisições da Revolução Francesa tendentes a anular o predomínio de um só indivíduo na política, que deram em resultado a criação do Estado Liberal Democrático do século XIX, asseguravam aos demais o máximo de liberdade compatível com o interesse público. Atingira com estas diretrizes a doutrina política um estágio quase ideal, em que se pretendia, e, de certo modo se conseguiu, assegurar ao indivíduo todas as garantias porventura por ele requeridas a fim de dar expansão à sua iniciativa privada. O slogan desta época era "combater a ingerência do Estado no esforço individual", princípio anarquista que imprimiu prodigioso impulso à nossa civilização, sob o lema maçônico anglo-saxão, "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". Não coincidiu, contudo, o ideal da época com possibilidades técnicas do momento. Era demasiada antecipação em conflito com as necessidades sociais ainda longe da fase material que asseguraria bons frutos do seu emprego. Precisava o