"de corporação armada, semi-independente, visando lucro pela guerra, que também devia golpear o inimigo nacional no ponto mais vulnerável e mais rapidamente coagi-lo a ajoelhar-se vencido ante o adversário".
Em princípios de 1624 velejou a expedição composta de 27 navios, metade dos quais de alto bordo, acompanhados de menores totalizando 500 bocas de fogo. Trazia Willekens como Tenente a Pieter Heyn, oficial de subido valor, que segundo Netscher, não tardaria a gozar entre seus patrícios de veneração quase igual a dos heróis nacionais Tromp e Ruyters. A tripulação orçava 1.600 homens, e as tropas de assalto num pouco mais, chefiadas pelo fidalgo João Van Dorth, que devia assumir o comando da cidade. Nenhum dos componentes da esquadra sabia o seu destino, contido numa carta de prego com instruções que só foi aberta depois de cruzado o Equador, despertando ruidosas manifestações de entusiasmo na soldadesca esperançada de um saque fácil e rendoso.
O primeiro navio que apareceu aos baianos foi o "Hollandia", em que vinha Van Dorth, que se pôs a cruzar entre a ilha de Tinharé e Ilhéus, fazendo à noite sinais para indicar onde estava aos outros vasos que iam chegando. Tais operações não passaram despercebidas aos moradores da torre de Garcia de Ávila e vizinhanças, que expediram aviso ao Governador. Proclamou na emergência Diogo de Mendonça rebate geral, mandando ao mesmo tempo fosse averiguada a força do inimigo, remetendo mensageiros ao reino e às capitanias, sem entretanto lograr prevenir em tempo um barco que se aproximava com valiosa carga de negros de Angola. Anteriormente ordenara alertas semelhantes, mas como a armada batava tivesse demorado quatro meses na travessia, cansaram-se os voluntários depois de 23 dias de espera, debandando com muitas queixas e reclamações, embora lhes abonasse o Governador três vinténs por dia graças ao auxílio do seu amigo Duarte da Silva.