guerrilha, único meio que lhes restava para prolongar a luta.
Ficara no posto o Governador mais o seu filho de 17 anos de idade, alguns jesuítas e servidores. Propalou-se na ocasião, que os atacantes tinham sido auxiliados nos momentos finais pelos cristãos-novos residentes na cidade. Constou igualmente que Diogo de Mendonça pretendera lançar fogo à pólvora, no que foi impedido pelos companheiros, e ter-se-ia atirado de espada em punho sobre os soldados adversos que o desarmaram depois de viva luta em que ficou ferido. De mais certo, sabemos que o Governador, o seu filho e os eclesiásticos puderam se retirar livres para o navio que os esperava, ao passo que os demais portugueses de condição inferior tiveram as mãos atadas até embarcarem.
A captura do primeiro magistrado da colônia pôs termo à resistência na cidade, calando-se o fortim de São Felipe em Monserrate, que chegara a dar alguns tiros. Ficava o casario à mercê da soldadesca que se portou como de praxe, só não matando e estuprando porque a população fugira. As ordens dadas por Diogo de Mendonça para que ninguém saísse fora o mesmo que represar um rio com terra insossa, que de repente se desfaz e inunda as vizinhanças. O povaréu correu para o norte, onde pesadas chuvas tinham engrossado regatos e ribeirões, aprofundando brejos e lagoas em que muitos se afogaram à procura de vau para atingir a região sergipana. Na cidade as portas das casas foram arrombadas na esperança de encontrar riquezas, os haveres dos habitantes roubados ou destruídos, o vinho a jorrar pelo chão, as igrejas profanadas, disputados no jogo o que fora possível descobrir de algum valor.
A chegada de Van Dorth pôs cobro à desordem para dar começo à metódica pilhagem dos funcionários da W. I. C.. Levantaram os stocks da mercadoria dos navios e