A imigração alemã é antiga e a reconstrução dos fatos atinentes à aculturação dos imigrantes germânicos abrange mais de um século. Parece-me que a situação presente somente poderá ser compreendida adequadamente à luz de certos fatos históricos. Não pretendo ter esgotado as possibilidades de pesquisa histórica. Tal pretensão seria ridícula ante as deficiências e a escassez das fontes de informações disponíveis, mas parece-me que consegui esclarecer, pelo menos em parte, alguns dos aspectos mais controvertidos do problema de aculturação dos alemães e seus descendentes. Sobre os últimos dez anos pouquíssimas observações tenho a apresentar. Dificuldades materiais continuaram embaraçando, seriamente, qualquer projeto de pesquisa de certa envergadura, e, além disso, o clima político dos últimos anos não foi nada propício à realização de pesquisas dessa natureza.
O livro não teria sido possível na sua presente forma sem o auxílio financeiro da Escola Livre de Sociologia e Política. Deixo aqui, os meus agradecimentos a essa instituição e, particularmente, ao Dr. Frederico Heller que me auxiliou, com rara eficiência, na consulta de uma vasta literatura. Da mesma forma, agradeço à Sociedade Hans Staden que pôs à minha disposição as preciosas coleções de sua biblioteca.
Santo Amaro, em fevereiro de 1946.
EMÍLIO WILLEMS.