Um caso curioso de segregação de imigrantes germânicos ocorreu, há cem anos, na Venezuela. Em 1842 fundou-se a colônia alemão de Tovar. Longe de qualquer povoação, esses colonos perpetuaram grande parte da sua cultura. Falam um dos dialetos meridionais da Alemanha, mas ignoram o alemão oficial e são iletrados. A colônia que abrange 400 almas é rigorosamente endógama. Indivíduos que se casam fora do grupo, são expulsos.(32) Nota do Autor
Sobre os alemães no Canadá, um pastor protestante relatou, em 1925, que a assimilação continuava progredindo devido sobretudo à influência da escola inglesa. Em muitas comunidades outrora germânicas, o inglês já estava predominando. Para isso contribuía também o sectarismo religioso.(33) Nota do Autor
Os Estados Unidos receberam, até o fim da era colonial, perto de 250 mil imigrantes de língua alemã.(34) Nota do Autor O número total de alemães entrados nesse país entre 1820 e 1930, orça em seis milhões.(35) Nota do Autor Vê-se que somente na época colonial, os Estados Unidos acolheram maior número de alemães do que o Brasil em toda a sua história. E o total dos imigrantes alemães que se dirigiram para a América do Norte é muito superior à soma de todos os imigrantes aportados no Brasil.
O recenseamento de 1930 registrou mais de um 1.600.000 indivíduos nascidos na Alemanha. No mesmo ano havia perto de 3.250.000 americanos que tiveram apenas o pai ou ambos os pais nascidos na Alemanha. Além disso, contaram-se mais de dois milhões de americanos descendentes de americanos natos casados com imigrantes alemães. A soma dessas parcelas dá um total de 6.873.103 indivíduos que formam o chamado German stock existente nos Estados Unidos em 1930.(36) Nota do Autor A estatística abrange apenas duas gerações e, na realidade, o número de americanos com um ou mais ascendentes germânicos,