O rei filósofo: vida de D. Pedro II

o bom clarão da verdade. É tempo - isto sim - de projetá-lo sobre as sombras que envolvem homens e cousas das origens nacionais. Representam os povos, os seus personagens dirigentes. À falta da autêntica fisionomia do Brasil, destaquemos os seus índices biográficos, as forças condutoras do país, vidas insignes que se não separam mais de sua evolução, as almas-sínteses.

Nesta situação está D. Pedro II.

A história pátria de cem anos para cá não foi escrita. Não se publicou ainda, integral, a biografia do Imperador, que a abrange em metade daquele período(*).Nota do Autor Tudo, nesse resvaladio terreno da pesquisa histórica, é indeciso, fragmentário, dispersivo. À míngua de obras de conjunto, a síntese definitiva está por fazer. A época é de contribuições que preencham os vastos claros, subsídios documentais, desentranhamento, revelação dos arquivos particulares, debates e averiguações esclarecidos por uma crítica sem paixão. Supre, este livro, uma lacuna. Longe de ser completo: contenta-se - no que tem de original e novo - com os seus motivos cívicos, a séria preocupação da fidelidade límpida e impessoal.

Guiados pela sua estrela, que os trouxe, e levou da América, passaram outrora os reis magos. Foram três!

Encarnaram - no confuso período em que se elaborava o Estado, na gloriosa fase de sua fundação, no largo tempo da consolidação dele - o Brasil, que aumentaram.

Rio, Novembro de 1937.

P. C.

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