sorrir, ou mesmo rir gostosamente diante de tanto barulho a seu respeito...
Não temos a pretensão de julgar Gonzaga do ponto de vista literário. Esta, a razão de havermos tão só enfileirado aqui opiniões alheias, dos mais autorizados estudiosos da matéria, que tivemos à mão no momento de escrever estas linhas iniciais. No primoroso poeta admiramos muito a delicadeza dos versos, a espontaneidade que nos parecem traduzir e aquela quase infantilidade de um homem de 40 anos, doidamente enamorado e preocupado, como qualquer rapazola de 18 anos, a atulhar de versos maviosos o regaço da noiva formosa. Não cremos que um desconhecedor da história de Gonzaga lhe diga a idade exatamente após a leitura das suas liras. Positivamente aqueles versos não traduzem, mas escondem maliciosamente a idade do poeta. Era uma alma juvenil num corpo de homem, maduro.
Deixemos, porém, este aspecto de Gonzaga e passemos adiante.
O nosso tema é o papel desempenhado por ele na Inconfidência.
Querem uns que ele haja participado efetivamente dela. Querem outros que não. Outros duvidam apenas. Outros, ainda, admitem uma colaboração simplesmente teórica...
Diogo de Vasconcelos é de opinião que "os companheiros o sobrecarregaram de culpas, que não tinha em tão enormes proporções."(4) Nota do Autor
Vicente Tapajós, na sua História do Brasil, afirma que hoje "não se pode ter certeza, sequer, de que Gonzaga de fato fosse parte integrante do movimento.