Os núcleos vizinhos. - São Miguel é, sem contestação, a "capital" de todo esse trecho suburbano da Capital paulista. Mas, a exemplo da Penha e de Itaquera, numerosos núcleos satélites existem e merecem ser referidos. São pontos em que o povoamento, normalmente esparso, adensa-se um pouco mais; em sua maioria, resultaram da construção de estradas (a Rodovia São Paulo-Rio e a Variante da Central), o que significa que não têm mais de 25 anos de existência.
Para os lados do poente, o Jardim Matarazzo é o aglomerado de maior importância, embora esteja ainda em formação, pois surgiu há uns cinco anos. Assenta-se sobre as colinas vizinhas à estação de Comendador Ermelino e progrediu em consequência da instalação da Fábrica Celosul. É uma pequena cidade que surge, com seus elegantes bangalôs e seu futuro bairro operário. Teremos ali, dentro em breve, o que se registou em São Miguel, inclusive a absorção do antigo núcleo formado em torno da capela da Cruz Preta, construída no século passado.
Para leste, destaca-se Itaim, que se ergue numa colina, não longe da várzea do rio Lajeado. Trata-se de antigo núcleo, de origem talvez colonial, mas que se desenvolveu graças à construção dá Rodovia São Paulo-Rio. Apresenta um aspecto desarticulado, inorgânico, que se acentua pelo fato de se achar a uns 500 metros da estação ferroviária, da qual está separada por um terreno baldio. Embora instalada em 1936, a estação não exerceu nenhuma influência sobre o pequenino aglomerado.
Ao sul de São Miguel, algumas "vilas" mais ou menos isoladas ainda aparecem, tanto no vale do rio Jacu (Vila Robertina, Vila Siqueira), como no do Itaquera (Vila Rosária, Vila Itaqueruna).
De qualquer forma, todos esses núcleos têm uma só função: a função residencial, pois a população que neles vive exerce suas atividades nas duas grandes fábricas da região ou, mesmo, na própria capital paulista.