trecho em que elas têm importância maior encontra-se logo a oeste de Comendador Ermelino.
Com efeito, reduzido número de japoneses conseguiu dar uma nota diferente à paisagem, com uma cultura de legumes mais ou menos extensa, não longe da via férrea, entre Eng. Goulart e Comendador Ermelino. Entretanto, não se vê ali nada que se assemelhe ao que pode ser observado na "Colônia" de Itaquera. Os lavradores nipônicos oferecem baixíssimo padrão de vida, igual ou inferior ao de nosso rude caboclo; basta mencionar que suas habitações são de pau a pique ou de barrote e que extremamente rudimentares se apresentam os seus depósitos ou celeiros e seus chiqueiros de porcos. O mais curioso e triste, sem dúvida, é a circunstância (registrada, aliás, noutras zonas de nosso Estado) de trabalharem, sob suas ordens, alguns mestiços brasileiros.
De qualquer maneira, percorrendo-se as várzeas da região de São Miguel como suas colinas também despovoadas, pode-se bem avaliar como é ingrato o solo da bacia paulopolitana e como é valorosa a luta pelo seu aproveitamento, levada a efeito na região de Itaquera e, sobretudo, na região da Penha. O fato de ser bem mais recente o povoamento na zona que vimos estudando e o afastamento relativo em que se acha em relação à metrópole podem explicar, talvez, a atual situação de inferioridade em que ali se encontra o homem em face da natureza hostil.
As vias de comunicação. - Essa hostilidade das várzeas e, quem sabe, a presença de aldeamentos de índios servem de justificativa para o fato de não haver sido a região uma zona de passagem para os que transitavam entre a Pauliceia e o vale do Paraíba. Antonil, ao descrever o roteiro entre São Paulo e Minas Gerais, diz que os viajantes, depois de deixar a Penha, iam ter "à aldeia