Regiões e paisagens do Brasil

frequentes as capoeiras, o que denota menor atividade do homem, apesar de ser antigo o povoamento.

As várzeas ocupam áreas bastante extensas e constituem um limite natural, para os lados do nascente. Sua vegetação é quase sempre arbustiva, recobrindo densamente o solo quaternário; ao sul, porém, nas vizinhanças da confluência do Guaió, torna-se francamente rasteira e constitui imensos brejais, de solo turfoso.

Através dessa planície aluvional, corre o rio Tietê, guardando a direção geral de SE-NO; seu curso é mais rápido e desenvolve-se sinuosamente, circundado por "terraços" bem caracterizados. Pequenos tributários engrossam-lhe as águas, embora apenas um deles mereça destaque especial: é o rio Guaió, que vem do sul e que recebe, pouco antes de sua confluência, o ribeirão do Tanquinho.

O cristalino aparece sob forma de granitos e de gnaisse, aflorando nas encostas das colinas. Próximo a Itaquaquecetuba, à margem do Tietê, existe um verdadeiro "matacão" fóssil, com sinais de alteração esferoidal.

Nessa paisagem natural, que muito tem de semelhante à da região da Penha, podemos colocar os extremos orientais da área suburbana da metrópole paulista. Para além, os laços que a prendem à Capital já se tornam cada vez mais fracos e outro "sistema" urbano aparece: o de Mogi das Cruzes, em cujo município, aliás, a região se acha incluída.

Uma antiga zona de passagem. - O povoamento é bastante antigo na região que estamos estudando e seu papel de zona de passagem justifica-o satisfatoriamente.

Itaquaquecetuba, cujas origens remontam à primeira metade do século XVII, foi etapa obrigatória para os que demandavam o vale do Paraíba;(52) Nota do Autor até ali chegava o caminho que, atravessando a região de Itaquera, passava

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