São Paulo, tinham pegado em armas contra a monarquia. Como resultado disto, Sales Torres Homem foi preso, juntamente com Limpo de Abreu, França Leite e outros, sendo, primeiro, recolhido à fortaleza de Santa Cruz e, depois, à da ilha de Villegaignon. Seguiu-se o desterro, durante vários meses, em Portugal. Ao regressar, recuperada a liberdade de movimentos, passou a fazer parte do grupo fundador da Minerva Brasiliense, jornal de ciências, letras e artes, publicado quinzenalmente e no qual escreviam Domingos José Gonçalves de Magalhães, Odorico Mendes, Manoel Araújo Porto Alegre, Joaquim Manoel de Macedo e outros. Era jovem, pleno de entusiasmo e de ardor. Trouxera da Europa a cabeça e o coração cheios de ideias e sentimentos generosos.
Formou nas hostes do Partido Liberal, sendo eleito deputado, pela primeira vez, pela Província do Ceará, no ano de 1842, mas a Câmara foi previamente dissolvida por decreto imperial de 1.° de maio do mesmo ano, em razão da revolução liberal que então lavrava em Minas Gerais e em São Paulo, como sob a alegação de fraude generalizada, levantada pelo Marquês de Paranaguá e seus companheiros de ministério. Assim, embora tivesse sido reconhecido, Sales Torres Homem ficou sem a cadeira no Parlamento... Mas, na legislatura de 1845-1847, é novamente eleito, desta vez pela Província de Minas Gerais, e logo em seguida, na de 1848, pela Província do Rio de Janeiro. Apesar da facilidade dos triunfos que colhera, não houve crítico mais implacável do sistema eleitoral então vigente e da própria monarquia. No ano de 1848, começara a circular um novo diário, o Correio Mercantil, de cujo corpo redatorial fez parte. No ano seguinte, num ímpeto liberal, ante o esmagamento da revolução praieira