Três panfletários do Segundo Reinado

para as fortalezas do Rio de Janeiro, como Pedro Ivo Veloso da Silveira e Barros Falcão de Lacerda. A anistia é oferecida aos rebeldes mas em termos tão drásticos que Pedro Ivo a recusa e prefere a fuga, a que se segue a morte. Valera, porém, o movimento como uma advertência. E o Marquês de Paraná assume com o imperador o compromisso de acomodar as duas facções, — conservadores e liberais, — em um só gabinete, em um ministério de concentração, capaz de proporcionar ao país uma trégua política. Os ardores de Timandro logo se amortecem. "Com a mesma pena com que escrevera O Libelo do Povo, nota Joaquim Nabuco em Um Estadista do Império, tornara-se no jornalismo o paladino da conciliação". E o Correio Mercantil passa a ser, nesse momento, o estuário em que se encontram três dos maiores jornalistas da época: Francisco Octaviano de Almeida Rosa, José de Alencar e Francisco de Sales Torres Homem. O Ministério de Conciliação subiu ao poder depois da queda do gabinete conservador de 1852, chefiado por Joaquim José Rodrigues Torres, futuro visconde de Itaboraí. O marquês de Paraná, presidente do Conselho, reuniu em torno de si homens da melhor envergadura: na pasta do Império, Luís Pedreira do Couto Ferraz, o futuro Visconde do Bom Retiro; na da Justiça, o então deputado José Thomaz Nabuco de Araújo; na dos Estrangeiros, Antônio Paulino Limpo de Abreu, futuro visconde de Abaeté; na da Guerra, o general Pedro de Alcântara Bellergarde, que respondeu interinamente também pela da Marinha até ser escolhido, pouco depois, para ocupá-la, o então deputado José Maria da Silva Paranhos, futuro Visconde do Rio Branco. Reservou o Marquês de Paraná, para si, a pasta da Fazenda. Houve, no decurso dos quase quatro anos de duração do ministério, alterações em algumas pastas.

Três panfletários do Segundo Reinado - Página 34 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra