A Princesa Isabel - a Redentora

preguei olho e tive toda a noite de duas em duas horas de expedir boletins. A Princesa, hoje Imperial, está também com febres intermitentes".(1) Nota do Autor

O ministro austríaco escreveu cinco dias depois, que estava "o princípio monárquico enfraquecido, por falta do apoio com que contava de futuro..."(2) Nota do Autor Substituíra-o - ao malogrado Pedro III - uma princesa demasiadamente pequena para os prognósticos desencontrados. Como a receberia o nacionalismo irônico e exaltado - quando tivesse por marido um europeu intrigado com as surpresas tropicais? Poderia domá-lo uma adolescente, puxando à mãe nos modos serenos e dignos, ou estudiosa e fria como a avó Habsburgo? Repetir-se-ia em Isabel o caso das grandes mulheres da família Bourbon, enérgicas junto de esposos medíocres, reacionárias num palácio cheio do seu espírito inquieto e da algazarra de meninos - como o de Nápoles, ao tempo de Maria Carolina e das filhas? A irmã de Maria Antonieta olhara ferozmente Napoleão. Maria Amelia, duquesa de Orléans, fora a Egéria do liberalismo - discreta e sagaz. Maria Cristina pusera a coroa espanhola na cabeça de sua filha Isabel II. D. Carlos, como D. Miguel de Portugal, criou a mística tradicionalista sem vencer a gentil inimiga. Apoderou-se do passado, instalou a sua realeza sentimental nos montes de Navarra, e perdeu o futuro. A duquesa de Berry, alma desesperada da "restauração", símbolo ardente duma causa irredutível, mostrara que as netas do Rei Sol valiam os marechais do orleanismo. Essas esplêndidas senhoras ofuscavam os reis constitucionais, tímidos e gordos, que antes dos Estados - como náufragos perturbados - tinham

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