lançado pelas bordas do barco a fé e as convicções. Souberam crer. A mãe de Francisco I das Duas Sicílias não perdoou a Revolução(1), Nota do Autor de que se aproveitou a filha duquesa de Orléans, rainha dos românticos de 1830. A bela de Berry não transigiu com os democratas, agarrada ao fantasma branco de sua bandeira de Vendeia. A Idade Média não podia acabar mais candidamente: com o desafio dessas Minervas de mãos de fada e sobrolho político, que envolveram, com os braços de neve, a roda da civilização, numa luta inútil...
D. Pedro II, porém, não admirava os Bourbons, não compreendia as irmãs e tias da Imperatriz e amava as ideias tolerantes.
O seu tipo de soberana era exatamente Vitória de Inglaterra, que o detestava.
O Imperador também não gostava dos primos Áustrias.
Ficara-lhe, da decepção conjugal, um ressaibo de indisposição que o tempo não apagou. Os Habsburgos, em 1842, tinham-lhe negado a noiva, que a perplexidade do ministro Bento Lisbôa fora achar à beira do Vesúvio - fora do quadro ideal de suas preferidas, arquiduquesas loiras como sua mãe Leopoldina, de olhos da cor do céu e faces de rosa, lembrando, nos parques de Viena, a juventude de Maria Tereza... Despedira por isso secamente, com velada indignação, o bom barão Daiser, ministro d'Áustria que há dez anos o servia no Rio de Janeiro. Deixara-se empolgar pela educação francesa. O padre Boiret, seu mestre de primeiras letras, e Felix Taunay, professor de grego