Povoamento da cidade do Salvador

o fausto, a mania de grandeza que os lucros dos negócios haviam provocado, reduziam a nação à miséria. Lisboa, muito embora fosse o grande entreposto mercantil da Europa, com mais de cem mil habitantes, intensa vida comercial e uma vida mundana brilhante, era uma cidade pobre, com precários serviços públicos. A dívida nacional, contraída para a manutenção do império, com suas feitorias, fortalezas e guarnições, administradores, armada, marinhagem, clero e justiça, crescia em ritmo indomável, - a ponto de atingir, em 1534, ao quádruplo da renda pública: àquela data, "quando se avaliavam as rendas portuguesas em 279:500$000, informa frei Luís de Sousa, devia El-Rei 888:600$000 em juros vendidos e dívidas da Casa da Índia e câmbios de Flandres", além do prejuízo causado pela proibição da usura, que se refletia na decadência da agricultura e de toda a economia.(39) Nota do Autor O país marchava para a bancarrota, vindo a quebrar no ano de 1544 com três milhões de dívida em Flandres, para cuja satisfação se empenhou a maior parte da renda do Patrimônio Real.(40) Nota do Autor

Nem gente havia que se pudesse tirar da agricultura e outros trabalhos, das milícias, das tripulações da enorme frota mercante e militar, para criar novas colônias. Os terremotos, as pestes, os naufrágios, as guarnições

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