em maio de 1501 se pudesse despachar uma expedição de três velas, sob o comando de Gaspar de Lemos, o mesmo que levara ao reino a notícia do achamento e que agora se fazia acompanhar de Américo Vespúcio, já experiente no mar atlântico. Uns três meses depois, dando tempo a que a esquadra tivesse chegado às costas de Vera Cruz, é que Sua Majestade escreveria aos soberanos espanhóis, desculpando-se de não lhes fazer antes a referida comunicação porque esperava o regresso de Cabral com melhores informações.(63) Nota do Autor Ou porque este, devido ao extravio de duas de suas naus, demorasse de chegar, ou porque alegava esse motivo somente para justificar-se, o rei, de fato fez partir a expedição antes do regresso do descobridor, tanto que as duas frotas encontraram-se no porto africano de Bezenegue, perto de Cabo Verde. A 22 de julho de 1502 entravam o Tejo, de volta, os navios de reconhecimento. Américo Vespúcio trazia notícia da grande extensão de costas percorrida, dos portos e rios encontrados, aos quais se haviam dado nomes cristãos, e dos marcos de pedra de Lisboa que ficaram chantados como sinais da posse portuguesa no cabo de S. Roque e em Cananeia trazia igualmente muitas notas cartográficas.(64) Nota do Autor É muito provável que antes já se tivesse providenciado a criação dum entreposto em que logo começasse o escambo com os naturais e se fizessem dalgum modo assinalar os direitos portugueses. Um documento de origem portuguesa, apresentado ao tribunal de Bayonne em 1539, contra as alegações de franceses que se julgavam prejudicados por um ataque de portugueses ocorrido em