madeiras para o reparo da artilharia, determinou-se que a Bahia fizesse o fornecimento necessário.(444) Nota do Autor E como se ainda não bastasse tanta devastação, da Bahia enviavam-se até lenhas para queimar nas "reais cozinhas" de Portugal. Vale a pena transcrever um documento a esse respeito: "Ilmo. e Exmo. Sr. No dia cinco de outubro chegou a este porto o navio 'Pilar' com 88 dias de viagem, para carregar de madeira para essa corte, com a possível brevidade, como V. Exa., me recomenda na sua carta de vinte e dois de junho: Eu procuro fazer toda a diligência para poder expedir o dito navio por todo este mês de novembro, e tenho recomendado que os navios em que não puderem ir madeiras, se encham de lenha para as reais cozinhas, e também que os paus que se remetem sejam exatamente medidos.
Pelo que respeita ao modo de fazer os cortes, se executará prontamente o que Sua Majde. ordena, e eu encarreguei ao Desembargador-Ouvidor da Comarca dos Ilhéus, que já chegou a esta Capitania, os que se houverem de fazer na sua comarca. Deus guarde a V. Exa. Bahia, 9 de novembro de 1780. Ao Ilmo. e Exm°. Senhor Marquês de Angeja. (a) Marquês de Valença".
Em carta de 5 de dezembro seguinte o marquês de Valença comunicava que o navio levara madeiras de construção, de acordo com uma relação anexa à correspondência, e que os espaços vazios iam cheios com 11.150 achas de lenha para as reais cozinhas "como V. Exca. me ordenou na sua carta de 23 de junho deste ano".(445) Nota do Autor