As excelentes leis portugueses sobre o corte de madeira,(446) Nota do Autor como vemos, não passavam de letra morta, tanto na colônia como na metrópole. O nosso José Bonifácio de Andrada e Silva, na Memória sobre a necessidade e utilidade do plantio de novos bosques em Portugal, que publicou em 1815, diz que era tal escassez de florestas que o rei D. Diniz, plantando no séc. XIII, um grande pinhal, deu a Portugal maiores vitórias que outros reis com as suas batalhas. No começo do séc. XVII era preciso colocar sob proteção real algumas dezenas de bosques: pois todos esses não escaparam à destruição, e já em 1815 não existiam pois apesar das muitas ordenações e regimentos, que mandavam fazer novas sementeiras e plantações e davam providências sobre a sua guarda, conservação e devido aproveitamento, as florestas e arvoredos vinham desaparecendo com uma rapidez espantosa há pouco mais de cem anos.(447) Nota do Autor Os lusos, quando deram início à colonização de outras terras, nas Ilhas de Madeira e Açores, "a roça do mato tornou-se, segundo as expressões de um geógrafo português,(448) Nota do Autor a primeira tarefa da sua obra colonizadora". O mesmo geógrafo assinala que "pela devastação vegetal se tem