História do Brasil T5 - A República, 1956

que a sistematização das forças vivas superava a cronologia, a nominata, a eloquência... Conjugam-se aí tradição e sociologia; absorve a literatura as ciências auxiliares; o cultural domina o alegórico. Em 1907 alinhavou Capistrano - navegando essas águas - os capítulos de História colonial, em que acentua, com o seu traço satírico, a originalidade estridente.(1) Nota do Autor Desdenha do consagrado, cuida do pormenor econômico, desenha sumariamente a geografia humana, procura definir as linhas do fenômeno brasileiro - negando símbolos, ressaltando humildades, reivindicando valores abandonados. É homem de teses fortes e preconceitos valentes; tem sobretudo o instinto das energias silenciosas que fizeram a Pátria... As questões de limites deram amplo impulso à indagação dessas origens no inventário de manuscritos e mapas, em que se afanou - e afamou - a equipe de Rio Branco. Mobilizou o centenário de Anchieta, em S. Paulo, por inspiração de Eduardo Prado (patriota irredutível travestido de sibarita nas suas contradições(2), Nota do Autor talvez, diz Veríssimo, na nossa literatura o único escritor reacionário)(3) Nota do Autor - o grupo acadêmico de advogados do Brasil velho com o missionário e o bandeirante; a guarda avançada dos "400 anos"...(4) Nota do Autor E em 1898 o livro filial de Nabuco - monumento de trabalho e estilo em honra do "estadista do império" - aproximou do negativismo vulgar a severidade do segundo reinado; instituiu a praxe da revisão. Começava-se a julgar benignamente (a irritação sebastianista de 93 adoçada em justificativa biográfica) a monarquia patriarcal, ordeira e simples. Punha-se

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