Os regimentos expedidos a 17 de dezembro de 1548 e nos quais foram definidas as suas e as atribuições de Antonio Cardoso de Barros, provedor-mor, e Pero Borges de Souza, ouvidor geral, não deixam dúvidas sobre o alcance daquele ato, que visava imprimir aos serviços da administração, da fazenda e da justiça o cunho de uniformidade que jamais lhes deveria ter faltado, a fim de que se não quebrasse o indispensável laço de união entre as donatarias.
Thomé de Souza se revelou digno do encargo que recebera, como suprema autoridade da colônia. Fundou a cidade de Salvador, nossa primeira capital; construiu fortes; organizou a vida municipal; regularizou as sesmarias já concedidas e distribuiu outras; importou gado de Cabo Verde e criou fazendas; promoveu a fundação de engenhos de fabricar açúcar; estabeleceu a navegação fluvial e de cabotagem; mandou o provedor-mor e o ouvidor geral às capitanias do sul, que ele próprio visitou mais tarde para conhecer de visu suas necessidades; adotou medidas para segurança do trabalho e defesa da costa; cuidou do povoamento da terra; obteve o concurso inestimável dos jesuítas na catequese e aldeiamento dos índios; deu, enfim, a possível eficiência à sua ação governamental, dentro dos poucos e irrisórios recursos ao seu alcance. Sucedeu-lhes em 1553,Duarte da Costa, - voluntárioso e autoritário, - que, sem qualidades