Às Repúblicas limítrofes a todas as Nações Americanas, só desejamos paz, iniciativas inteligentes e trabalhos fecundos, para que, prosperando e engrandecendo-se, nos sirvam de exemplo e estímulo à nossa atividade pacífica, como a nossa grande e gloriosa irmã do Norte, promotora dessas úteis conferências. Aos países da Europa, a que sempre nos ligaram e hão de ligar tantos laços morais e tantos interesses econômicos, só desejamos continuar a oferecer as mesmas garantias, que lhes tem dado até hoje o nosso constante amor à ordem e ao progresso.
Levareis, Srs. Delegados, aos vossos governos e à vossa Pátria estas declarações que são a expressão sincera do sentimento do Governo e do Povo brasileiro.
Possam elas servir para apagar desconfianças mal nascidas e ressentimentos infundados, se ainda os há, e tragam-nos em troca o bafejo sempre crescente da amizade de todos os povos americanos, amizade que cultivamos com carinho e nunca cessaremos de cultivar".
Ideal nobilíssimo e alevantado, que requer homens para ser realizado!...
Exigência idêntica em todos os países, e deve ser extensiva ao mundo inteiro. Não apenas à Norte-América, para a qual, em sua interessantíssima obra Four Years in Germany, o embaixador James Gerard escreveu: "Há, nos Estados Unidos, número demasiado de pensadores, de escritores e de oradores; doravante, precisamos dos fazedores, dos organizadores e dos realistas, únicos que poderão vencer a contenda para nós, para a democracia e para a paz permanente".
Tais são, precisamente, o ideal e a tarefa do Brasil. Enfrentamos resolutamente as dificuldades do caminho a percorrer, e procuramos solvê-las com toda a nossa fé e nosso iluminado entusiasmo.
Um sentimento profundo nos guia e nos alenta: a convicção absoluta de que, assim como o Século XIX pode ser qualificado o Século do Japão e dos Estados Unidos, o seguinte, este em que estamos vivendo e exercendo o nosso melhor esforço, merecerá receber o nome de "Século da América do Sul".