de Bragança. Cinco dias antes, em Londres se firmara o convênio secreto para a transferência da corte para o Brasil e temporária ocupação da ilha da Madeira pelos ingleses(1) Nota do Autor. Ação e reação. A quatro de novembro participou D. João aos seus confidentes a resolução de embarcar(2) Nota do Autor.
O general Junot, encarregado de invadir Portugal (com ordens claras de nada conceder ao Príncipe Regente)(3) Nota do Autor, atravessou o Bidasoa com um corpo de exército, em 18 de outubro. O projeto era deter os Braganças e a sua esquadra em Lisboa, pois insistira Napoleão: "tout discours sera bon pourvu que vous vous empariez de l'escadre". Cortaria assim os meios de fuga ao governo; e, usando-o como refém (exatamente como praticou em Espanha) dominaria sem dificuldade o país conquistado.
Tais esperanças quase se realizaram.
Impelido pela ambição de surpreender a corte antes do embarque, Junot se lançou para diante, em marchas exaustivas, que lhe sacrificaram metade do exército. A 14 de novembro, porém, uma frota britânica entrou o Tejo. Lord Strangford, o hábil ministro inglês(4) Nota do Autor convenceu D. João da urgência de partir, mostrando-lhe, no dia 22, o exemplar do Monitor,