História do Brasil T4 - O Império, 1947

III

O GRANDE GOVERNO


Praticamente não teve o Príncipe ministros, desde a saída de Lisboa até dez de março, quando, no Rio de Janeiro, despediu os antigos e nomeou quem não desse cuidados à política inglesa.

Na Bahia, os seus atos foram subscritos pelo conde da Ponte, e no Rio, entre 26 de fevereiro e dez de março, pelo vice-rei conde dos Arcos, o jovem administrador que lhe fez a acolhida mais brilhante e aparatosa.

LINHARES

O fato é que não podia manter Antonio de Araujo na pasta da guerra e estrangeiros, tanto porque os ingleses não confiavam nele, como pelas acusações, aliás falsas, à sua fidelidade, pois não faltava quem lhe atribuísse o plano de entregar a família real aos franceses. Dois anos depois cabalmente se defendeu Araujo e recuperou, em 1814, o antigo valimento(1) Nota do Autor. Afastado o estadista francófilo, o substituto seria um partidário da Inglaterra, amigo de lord Strangford: D. Rodrigo de Souza Coutinho, cujo irmão, o conde de Funchal, continuava embaixador em Londres. Teve o ministério da guerra e estrangeiros, e, em 17 de dezembro,

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