História do Brasil T4 - O Império, 1947

vem de Paris, passando por Lisboa(1) Nota do Autor. Aluisio de Azevedo, Júlio Ribeiro, Adolfo Caminha fazem romance naturalista. As crônicas de Machado de Assis têm um parentesco próximo com As Farpas de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão. O teatro modifica-se de repente, agitado pela opereta e pela revista de Artur de Azevedo. Aquele teatro histórico, de Magalhães, de Agrario de Menezes, aquele sentencioso teatro de comédias, de Martins Penna, Pinheiro Guimarães, aquele pesado teatro patriótico-lírico, que fora a pedra de toque dos talentos românticos(2) Nota do Autor - populariza-se na alegre experiência democrática; e serve à política de decomposição do regime. É liberal, gaiato, erótico, parisiense. A poesia, sim, adquire, com o parnasianismo, uma dignidade verbal correta, helênica, e à trindade da velha escola, Gonçalves Dias, Magalhães, Porto Alegre, responde com a nova trindade, Olavo Bilac, Raimundo Corrêa, Alberto de Oliveira. Machado de Assis é caso a parte. O seu romance psicológico é decerto realista, mas sem paisagem, profundamente humano, extraído de sua melancolia solitária, filiado ao pessimismo de Pascal, à ironia de Swift, à limpidez vernácula de Castilho...(3) Nota do Autor. Raul Pompéia, ao contrário, faz das lembranças do Ateneu a autobiografia

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