de tom áspero, de cor forte e fresca, exultante de seiva rebelde, que pode ser um índice das queixas sediciosas da geração, da tremenda geração de A Conquista, de Coelho Neto (cujo helenismo se associou à descrição daquela boêmia intelectual, do seu sertão maranhense, das cruas cousas brasileiras) que se abrigou num periódico, A Semana, de Valentim Magalhães, e depois, em 1896, se acomodou numa casa conciliadora, a Academia.
A mesma tendência de nacionalização literária, que prevalecera no parnaso, romântico, se acentua, e vence, na prosa regionalista, que resplandece com Inglês de Souza, Franklin Tavora, Bernardo Guimarães. A crítica de Silvio, José Verissimo, Araripe Júnior; o folhetim de Machado, Carlos de Laet, Artur de Oliveira, Urbano Duarte, Ernesto Senna; o jornalismo frondoso de Quintino, Ferreira de Araujo, Patrocínio, Alcindo Guanabara, Ruy, ajustam-se à tormenta ideológica do fim da monarquia. Há um denominador comum dos espíritos, que é a terra. A terra com as suas realidades e os seus apelos - que a gente europeizada de outrora ignorara, sem tempo de conhecer-lhe a beleza rude; e agora talhada em grandes zonas de interesse romanesco pelos novelistas provincianos, estudada em profundidade pela recente sociologia, e vista com outros olhos pelos moços que liam Ratzel (como Capistrano de Abreu) ou ainda lhe confundiam a barbárie dos sertões com as alegorias da Vendeia(1) Nota do Autor.
Queria-se a verdade do Brasil!