da História do Brasil na Europa (1950) e Notícia de vária História (1951). Neste livro reproduziu seis ensaios historiográficos: "Historiografia brasileira" em 1945, idem em 1946, "Historiografia pernambucana", idem Cearense, Rodolfo Garcia e Afonso Taunay, e, finalmente, Rodolfo Garcia.
Escreveu ainda o Professor Burns: "O número de artigos e ensaios de natureza historiográfica que o Professor Rodrigues publicou ao longo dos anos e o número de conferências pronunciadas sobre esta matéria é impressionante. Recentemente, alguns desses ensaios, artigos e conferências, amplamente esparsos, foram reunidos e publicados em dois volumes: História e historiadores (1965) e Vida e história (1966). As duas coleções são úteis e oportunas" (p.197-198).
Após 1967, ano da saída do livro do Professor Burns, apareceram outras obras de José Honório Rodrigues, total ou parcialmente dedicadas a esta matéria: História e historiografia (1970), História, corpo do tempo ( 1976 ), História viva (1985), e Vida e História (1986).
Também vieram a lume as separatas: "Os estudos brasileiros e os brazilianists" (Revista de História, São Paulo, 1976, n° 107); "Taunay e a História do Brasil" (Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, 1977, nº 189).
Em 1976, a Editora Civilização Brasileira reeditou todas as obras de Capistrano de Abreu e todas elas levaram prefácios de José Honório Rodrigues.
Nada superou em importância, do ponto de vista puramente historiográfico, a História da História do Brasil. 1ª parte. A historiografia colonial, seguida agora do II volume, t. 1, A historiografia conservadora, t. 2, A metafísica do latifúndio: o ultrarreacionário Oliveira Viana. Esta obra, planejada em cinco volumes, seria o coroamento do tríptico que ele imaginara realizar em 1944: Teoria, pesquisa, historiografia.
José Honório, muito solicitado, cedeu demais aos convites dos quais deveria ter se poupado. Aceitava tarefas que lhe roubavam tempo e nada acrescentavam à sua obra. Chegou a gastar três meses para escrever o prefácio de um livro com o qual nada tinha a ver, encomendado por um milionário muito conhecido. Nenhuma remuneração fora preestabelecida e ao receber o prefácio, este mandou-lhe um livro comum de presente. Recriminei-o, acentuando que ele nunca escrevera de graça antes. Ia engolir esse livro como pagamento de três meses de trabalho, de pesquisas exaustivas sobre um assunto que desconhecia? Por que não escrevera uma página ou uma página e meia desincumbindo-se de uma tarefa que o Dr. Alceu Amoroso Lima rejeitara e indicara o seu nome? Teses enormes, livros grandes foram inúmeros os que leu e nos quais fez emendas e sugestões guiado apenas pelo prazer de servir.