As relações que Paulino mantém em Coimbra são limitadas. Entre os estudantes, além de seu tio Bernardo Belisário Soares de Souza, ele se liga mais intimamente com Honório Hermeto Carneiro Leão e Sérgio Teixeira de Macedo. O único, porém, dos seus condiscípulos que, mesmo mais tarde, continuou a corresponder-se nos termos da antiga camaradagem, foi um português, chamado Lobo de Moura, que seguiria a carreira diplomática e, em 1859, seria agraciado, pelo rei de Portugal, com o título de Visconde.
A vida de Paulino tornou-se mais movimentada e social. O Dr. José Antônio deixara em Portugal vários amigos, com os quais ele manteve as mais estreitas relações. Do seu padrinho, o Dr. Paulino de Nola, soube captar a simpatia, e, em pouco tempo, tornou-se um amigo, embora seu pai o aconselhasse que, em política, fosse sempre reservado "envers tout le monde, meme envers ton Parrain, nous sommes dans un temps, où on ne doit se fier à personne." Mas a companhia que o jovem estudante procurava com mais frequência era a sociedade amável que se reunia na casa à rua São Bento, em Lisboa, de um ex-deputado à Constituinte de Lisboa, eleito pelo Rio de Janeiro, Luís Martins Bastos, compadre do Dr. José Antônio, e de quem Dna. Antoinette indagava se continuava "gras et gros." Aí Paulino encontrou o que lhe faltava, o carinho de um lar e a amizade. Nas férias que passou em Lisboa, e no último ano de estadia em Portugal, ia às segundas-feiras, à noite, à reunião em casa do ex-constituinte, agora estabelecido com banca de advocacia. Outras vezes, Paulino passava as férias em Figueira, onde a vida devia ser tão agradável quanto a de Lisboa, em nada parecida com as noites frias de Coimbra, à rua do Borralho n. 108, nas quais, ainda que o estudante fizesse por decifrar as intragáveis ordenações e as aulas de direito, só as recordações das partidas